SumigTEC: soldando aço carbono com robô pela primeira vez | parte 9

Continuamos com a série soldando aço carbono com robô pela primeira vez e hoje falaremos sobre a configuração do equipamento! 

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Nos posts anteriores já falamos sobre a posição plana e horizontal, mas na soldagem robotizada é comum se deparar também com peças que apresentam inclinações verticais para serem soldadas. Essas posições são muitas vezes classificadas como fora de posição para muitos modelos de peças e muitos modelos de arames. Principalmente para arames tubulares, onde não é possível aplicar soldagem em posições diferentes da plana-horizontal. A grande dificuldade que se tem nessa posição está com relação aos efeitos da gravidade na poça de fusão.

É muito mais fácil escorrer a solda e ter pouca penetração nas peças, e assim gerar retrabalhos. Além disso, é muito fácil se enganar pela aparência da solda, já que se pode ter um cordão com boa aparência, mas sem nenhuma penetração. Vale ressaltar, que de qualquer modo se obterá uma penetração menor do que na posição plana. Quando ocorre da solda não ter nenhuma penetração mas uma boa aparência, ela estará apenas “colada” na peça, sem realizar a fusão do material.

Deve-se cuidar muito o sentido da tocha. Na maioria dos casos é utilizada a tocha inclinada no sentido de puxar a solda. Dessa forma o arame irá ajudar para que a poça de fusão fique mais estabilizada, já que a gravidade irá interferir diretamente contra a poça. Caso seja usado o sentido de empurrar a solda, é muito fácil escorrer a solda e ocorrer grande depósito de material na parte inferior do cordão e não ocorrer a penetração.

Para se ajustar o parâmetro de solda, é importante compararmos o parâmetro do mesmo cordão, com ele estando na posição plana. Utilizaremos como referência os valores da posição plana, com uma redução de aproximadamente trinta por cento na relação de corrente e tensão, que são responsáveis pela potência da solda. Lembrando que isto não é uma regra, mas sim um norte para se obter o resultado desejado. 

Em algumas vezes, a velocidade pode ser mantida. Ela também pode ser acelerada, tendo-se o cuidado em manter o arame dentro da poça de fusão. Devemos observar a espessura da peça, que pode ou não exigir muita penetração. 
Outro recurso que pode ser utilizado na soldagem vertical descendente é a costura. Você pode visualizar no vídeo como posicionar a tocha e o resultado de cordões obtidos com e sem costura.

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