O que a indústria do futuro exigirá dos profissionais?

As novas fábricas demandam pessoas que tenham visão ampla e flexibilidade para mudanças

O constante crescimento da automação está mudando o cenário encontrado nas empresas industriais. Em breve, essa transformação tende a ser ainda mais perceptível, já que a tecnologia avança em passos largos no setor, especialmente na área de robotização. As modificações, porém, não se restringem a equipamentos e máquinas: uma nova produção exige também um novo perfil de profissional

O trabalhador da indústria do futuro deverá, primeiramente, ampliar seu conhecimento a respeito da área de Tecnologia da Informação (TI). Essa característica é essencial, visto que os equipamentos produtivos estarão cada vez mais interligados. Outra habilidade fundamental será o domínio de línguas estrangeiras, especialmente o inglês. Muitos equipamentos são importados, então essa aptidão com idiomas se torna necessária. 

Saber realizar uma análise crítica de dados também é uma característica imprescindível do profissional do futuro. As chamadas “fábricas inteligentes” organizam a produção por si só e oferecem todas as informações produtivas da empresa. Caberá ao profissional a tarefa de avaliar se essa inteligência automatizada está adequada com as necessidades da companhia ou se é preciso ajustes na programação. 

É importante que o profissional da indústria do futuro tenha, ainda, um comportamento positivo com relação à inovação. As pessoas que gostam de novidades e de novas tecnologias tendem a se dar bem nesse mercado que se desenha. Profissionais com aversão a mudanças, que gostam sempre das coisas da mesma maneira, provavelmente terão dificuldades nessa nova realidade. 

 

Nova indústria necessita de união nas áreas de trabalho 

 

Algumas atividades encontradas hoje na indústria tendem a ser extintas no futuro. Por exemplo, as profissões com função laboral braçal que produzem equipamentos de características iguais devem deixar de existir. As máquinas têm condições de ocupar o lugar desse profissional que realiza funções com repetição, de forma seriada. 

Por outro lado, profissionais de TI e de Engenharia ganharão mais espaço, mas precisarão ter uma visão mais generalista. Um engenheiro elétrico tem que ter algum conhecimento de mecânica e de TI. O profissional de TI precisa ter conhecimento de automação e assim por diante. 

Cada vez mais existe uma necessidade das áreas se juntarem e, por consequência, os profissionais terão os seus conhecimentos multiplicados. As novas tecnologias exigem esse tipo de habilidade. 

 

É preciso criar a cultura da inovação em todas as camadas 

 

As empresas que buscam se adequar à indústria do futuro devem aplicar essa mudança de cima para baixo, ou seja, os próprios gestores precisam liderar essa nova realidade. As maneiras de gestão devem ser adequadas ao novo cenário. Sem isso, a transformação nas empresas ficará comprometida. 

Antigamente, o gestor era responsável por controlar os dados de produtividades dos equipamentos e dos trabalhadores. Na nova indústria, o sistema tecnológico realiza essas funções e cabe ao líder promover a colaboração entre as pessoas

A companhia que atingirá a adaptação plena, portanto, não é somente aquela que tem o investimento financeiro nos recursos de equipamentos, mas também aquela que sabe investir na área comportamental dos seus colaboradores. É preciso criar a cultura da inovação e da modernização em todas as camadas da empresa. 
 

por Fábio Tiburi | Diretor de Robótica

 

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