Cinco erros mais comuns no processo de soldagem TIG e como evitá-los

Confira neste material os cinco erros mais comuns no processo TIG e confira dicas de boas práticas para garantir soldas de qualidade.

 

A soldagem TIG, ou GTAW, é amplamente reconhecida pela sua flexibilidade e pela qualidade excepcional que oferece em diversos tipos de materiais, desde os mais comuns até os mais exóticos.

Este processo é utilizado tanto em aplicações de alta precisão, como em próteses complexas, em obras de grande porte, como plataformas de petróleo.

Apesar de ser simples em sua configuração, a soldagem TIG exige um alto nível de habilidade dos soldadores, com precisão manual e acuidade visual.

No entanto, mesmo com profissionais mais experientes, podem ocorrer situações ou problemas que comprometem a qualidade da solda.

Para ajudá-lo a minimizar a ocorrência desses problemas mais comuns, destacamos aqui os cinco erros mais comuns no processo TIG e como corrigi-los.

 

 

Não escolher o equipamento certo

Um dos erros mais frequentes é a escolha inadequada do equipamento de solda. Para garantir um bom resultado, o tipo de trabalho que será realizado deve ser levado em consideração.

A escolha entre um equipamento de corrente contínua (DC) ou alternada (AC) depende do material que será soldado. Para materiais como aço carbono, aço inox, titânio e cobre, o equipamento de corrente contínua é adequado.

No entanto, para materiais não ferrosos, como alumínio e magnésio (ou outras ligas não ferrosas), é necessário um equipamento que tenha saída em corrente alternada. 

Geralmente, estes equipamentos possuem saída tanto em Corrente Contínua como em Alternada.

Outro ponto importante é avaliar se o equipamento possui recursos essenciais para o processo, como pré e pós-vazão do gás, abertura do arco com ou sem alta frequência, e, em alguns casos, funções como pulsado ou controle de balanço da onda AC ou Corrente Alternada.

Ignorar esses aspectos e focar apenas no preço do equipamento pode resultar em uma escolha inadequada, comprometendo a qualidade do trabalho ou mesmo impossibilidade de executar a soldagem.

Dica: Certifique-se de adquirir equipamentos aprovados pela norma ABNT NBR IEC 60974-1 e de empresas com assistência técnica no Brasil.

Uso incorreto do diâmetro de tungstênio

Escolher o diâmetro errado do eletrodo de tungstênio pode comprometer a estabilidade do arco e a qualidade da solda.

Por exemplo, utilizar um eletrodo de 2,5 mm com 50 ampères é possível, mas dificulta o controle do arco e pode resultar em uma solda de baixa qualidade.

Para correntes mais baixas, como 50 ampères, o eletrodo recomendado seria de 1,6 mm para uso em corrente contínua e corrente alternada.

Dica: Utilize sempre o eletrodo de tungstênio com o diâmetro correto. Usar diâmetros maiores com baixa corrente pode contaminar a solda.

Escolha errada do tipo de tungstênio

Outro erro comum é o uso do tipo errado de eletrodo de tungstênio. Existem diferentes tipos de eletrodos, cada um com características específicas de desempenho.

Os eletrodos de ponta verde (utilizados em fontes antigas de corrente alternada) e de ponta vermelha de tório (com restrição de uso devido à radioatividade) são cada vez mais menos utilizados.

Dica: Escolha o tipo de eletrodo adequado para a aplicação e certifique-se de que não esteja contaminado ou com gordura e a extremidade afiada corretamente.

Não preparar a ponta do eletrodo corretamente

A preparação correta da ponta do eletrodo de tungstênio é fundamental para o sucesso da solda. Uma geometria incorreta da ponta pode causar um arco instável, desgaste excessivo do tungstênio, desconforto para o soldador e até inclusão de partículas do eletrodo na solda, resultando em descontinuidades ou defeito.

Dica: Afile o eletrodo no sentido longitudinal e utilize ferramentas adequadas, como pedras de acabamento de brocas ou afiadores de tungstênio apropriados.

Uso de tocha e componentes de baixa qualidade

Economizar na qualidade da tocha e dos componentes pode gerar problemas nas soldas significativos e caros para serem corrigidos.

A soldagem TIG é sensível a qualquer tipo de contaminação, conexões ruins ou componentes de baixa qualidade, como mangueiras e tochas.

Usar uma mangueira inadequada, como de oxigênio ou acetileno, por exemplo, pode comprometer a integridade do gás e, consequentemente, a qualidade da solda.

Dica: Utilize tochas e componentes de qualidade e substitua a tocha ao menor sinal de danos físicos ou vazamentos.

Processo TIG: fique atento às boas práticas de soldagem

Evitar esses cinco erros comuns no processo TIG pode melhorar significativamente a qualidade da solda e prolongar a vida útil dos equipamentos.

O processo TIG, apesar de simples na sua configuração, exige um grande nível de atenção aos detalhes para garantir a excelência do resultado.

Por isso, recomendamos conhecer em detalhes os processos de soldagem e suas características, além de sempre utilizar boas práticas de fabricação e engenharia, mantendo seus colaboradores treinados e capacitados.

Coloque em prática as dicas e técnicas deste artigo e aprimore suas habilidades. Esperamos que este guia tenha sido útil e informativo. 

Continue lendo nosso blog e fique bem informado sobre o universo da soldagem.


 

 

 

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