Sumig Dicas: Cabos de solda enrolados em forma de bobina

Nesta Dica iremos falar o que não se deve fazer em relação ao arranjo dos cabos de energia da solda desde a saída da fonte ao local da soldagem.

 

No Sumig Dicas de hoje, iremos falar sobre o que não se deve fazer em relação ao arranjo dos cabos de energia da solda desde a saída da fonte ao local da soldagem. Podemos afirmar que “se você NÃO quer ter problemas com suas soldas” em relação a:

• instabilidade de arco;

• geração de respingos;

• parâmetros que não se repetem na produção;

• falta de fusão;

• qualidade final da solda e propriedades metalúrgicas comprometidas, utilize os cabos de energia da solda corretos em relação ás dimensões dos mesmos (comprimento, seção transversal ou diâmetro) e siga as seguintes recomendações no arranjo ou disposição dos cabos de solda:

 

1. NUNCA enrole os cabos de solda em forma de bobina, seja no chão, sobre a máquina ou ao lado pendurado na fonte de solda ou carrinho.

Devido a passagem da energia de solda, o cabo induz um campo magnético bastante intenso e aumenta á medida que se utiliza maios Corrente e Tensão de solda. Arranjar os cabos sob forme de bobina nas situações mostradas nas fotos seguintes, cria uma bobina, conhecida como Indutor, que “freia” a energia gerada pela fonte de solda. Á medida que a energia não passa pelo cabo com facilidade, o cabo começa a superaquecer e causar perdas de Volts e Corrente na solda desestabilizando a operação der soldagem e causando os problemas mencionados.

 

 

NUNCA enrole o Cabo de Solda em condutores metálicos pois o efeito de “freio da energia” é ainda maior e é um risco de sérios acidentes às pessoas e empresa. 

 

 

2. É importante lembrar que muitos procedimentos de solda são definidos em área de treinamento, escolas de solda, ou locais onde os cabos são curtos. Posteriormente, quando o equipamento vai para a produção ou obra, ao usar cabos excessivamente longos ou enrolados, o procedimento de solda não será repetido e passa a exigir muito da Fonte de Energia, podendo inclusive danificá-la ou superaquecer a mesma.

3. Uma outra ocorrência muito comum e que gera este problema físico causando pelo campo magnético no cabo de solda, é colocar os cabos sobre a peça ou chapa que está sendo soldada. É um fato bastante comum em Solda Arco Submerso ou em Soldas Mecanizadas de viga ou chassi de caminhão. O Cabo vai superaquecer e causar o “freio da energia” desiquilibrando o processo. A mesma ocorrência pode acontecer quando se usa Tochas Longas para Solda Mecanizada e ela fica apoiada sobre a chapa ou peça que está sendo soldada. Neste caso, o campo magnético pode ser tão intenso que também causa uma resistência maior na passagem do arame pelo interior da tocha. 

 

Esta dica é muito importante pois não somente trata da questão relativa a qualidade da solda mas de riscos de acidentes, desperdício de energia e geração de custos escondidos para a empresa.

Nos casos que necessitar usar cabos longos para deslocar o Alimentador de Arame distante da Fonte, deixe sempre os cabos retos e os 2 cabos próximos um do outro, porém, não deixá-los apoiados sobre a chapa ou peça que está sendo soldada. Coloque algum isolante sob os mesmos.

Na soldagem Manual com Eletrodo ou TIG feita no campo em obra ou montagem, tenha a fonte de energia o mais próximo possível da solda assim minimizando as perdas de energia mencionadas e permitindo executar a soldagem com mais conforto, segurança e estabilidade de arco.

Para finalizar, lembre de uma Dica anterior que falamos sobre a Tocha MIG/MAG quando alertamos para o fato de quanto mais longa é a tocha maiores são as perdas da energia e a dificuldade na passagem do arame. Existem diversas sugestões e orientações que os Técnicos e Especialistas da Sumig podem passar.

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