Entenda como opera o processo de solda com eletrodo revestido

Saiba o que é e como funciona a solda com eletrodo revestido e confira alguns cuidados necessários nesse processo! Saiba mais!

A soldagem com eletrodo revestido continua sendo uma das técnicas mais aplicadas na indústria. Pela sua versatilidade, robustez e custo acessível, ela é amplamente utilizada em diversas áreas, da manutenção à fabricação de estruturas metálicas. Neste artigo, reunimos as principais informações sobre esse processo tradicional, também conhecido como SMAW ou MMA, para que você entenda como ele funciona, quais são suas vantagens e desafios, e descubra se ele é adequado para a realidade da sua empresa.
 

O que é soldagem com eletrodo revestido?

Trata-se de um processo amplamente utilizado na indústria. Ele envolve o uso de um eletrodo consumível, cujo revestimento exerce funções específicas: proteger o metal de solda contra contaminação, estabilizar o arco elétrico e adicionar elementos à solda para aprimorar suas propriedades.

Além disso, a técnica de soldagem com eletrodo revestido é bastante versátil, podendo ser aplicada em diversas posições de solda e em diferentes tipos de materiais. Isso a torna uma escolha popular entre os profissionais da área, desde pequenas oficinas até grandes projetos de construção.

Ao aprender a soldar com eletrodo revestido, é essencial compreender os princípios básicos. O soldador precisa manter o arco estável enquanto o eletrodo derrete, depositando material sobre o metal de base. A habilidade é desenvolvida com a prática, por meio do domínio da velocidade de deslocamento e do ângulo do eletrodo.


 

Processo de solda com eletrodo revestido

Esse processo manual é realizado por meio da energia gerada por um arco elétrico mantido entre a extremidade de um eletrodo metálico revestido e a peça de trabalho onde ocorre a soldagem. Ele também é conhecido como SMAW ou MMA, siglas de Shielded Metal Arc Welding e Manual Metal Arc, ou Soldagem a Arco Manual.

Durante a soldagem, o calor produzido pelo arco elétrico é suficiente para fundir o metal de base, a “alma” e o “revestimento” do eletrodo. A “alma” é o núcleo metálico, em forma de vareta, envolvido por um revestimento composto por materiais orgânicos e/ou minerais, desoxidantes e outros elementos de liga. Esses componentes são definidos pelos fabricantes conforme o tipo ou a classificação do eletrodo, conferindo a cada um uma destinação metalúrgica apropriada.

O processo é amplamente utilizado nas mais diversas aplicações e tipos de materiais, podendo ser empregado inclusive na soldagem de materiais dissimilares — como aço inoxidável e aço carbono, alumínio, ligas de níquel, ferro fundido, entre outros.
 

Vantagens e desvantagens do processo eletrodo revestido

Entre os pontos positivos, destaca-se o baixo investimento inicial necessário para a aquisição do equipamento. No entanto, ainda sob o aspecto financeiro, o custo final por quilograma de material depositado é elevado. Isso exige a compra de uma quantidade maior de material para realizar determinado depósito.

Além disso, o processo oferece boa mobilidade, graças ao uso de fontes de energia com tecnologia inversora, que apresentam dimensões e peso reduzidos. É um método versátil, indicado para serviços de manutenção, produtos e aplicações com requisitos metalúrgicos específicos. Ou seja, ideal para trabalhos de baixo volume, como os realizados em serralherias, ferramentarias, entre outros.

Do ponto de vista operacional, o eletrodo revestido permite executar soldas com excelente qualidade. Contudo, é fundamental que ele seja corretamente especificado e aplicado.

Ou seja, soldar com eletrodo revestido exige habilidade e prática. Quando mal executado, o processo pode resultar em soldagens de baixa qualidade.

Outro ponto negativo é a geração de resíduos e a necessidade de limpeza após a soldagem, o que pode aumentar o tempo de execução. Além disso, é essencial garantir ventilação adequada no ambiente, já que os fumos gerados podem ser prejudiciais à saúde.

Por outro lado, uma vantagem importante está na maior disponibilidade de soldadores e soldadoras qualificados para esse processo, o que facilita a contratação, especialmente em comparação com profissionais especializados em TIG ou MIG/MAG. Vale destacar também que o eletrodo revestido não utiliza gás de proteção: ele forma um “escudo protetor” durante a soldagem por meio dos gases liberados pelos elementos do revestimento e da escória.

Quando corretamente aplicado, o processo não apresenta desvantagens quanto ao resultado final da solda. No entanto, é importante considerar os seguintes pontos negativos:

• Baixa produtividade;

• Baixo rendimento ou eficiência;

• Emissão de fumos e respingos;

• Geração de escória;

• Limitação na soldagem de chapas finas;

• Necessidade de armazenamento adequado — alguns tipos de eletrodo revestido exigem locais com baixa umidade ou até tratamento em estufa para remoção da umidade do revestimento.


Recomendações para soldadores

Uma das principais características do processo de solda com eletrodo revestido é o alto grau de dependência do profissional. Afinal, não basta ter aptidão: também são cruciais boa forma física, acuidade visual e destreza manual.

Isso se deve ao fato de que o método é aplicado em diversas atividades, muitas vezes bastante desafiadoras em termos de posição de soldagem e acesso. Por exemplo, o trabalho pode ser realizado em um galpão, em alto-mar ou até no meio da floresta, em casos de manutenção de dutos de transporte de óleo e gás.

Todos esses desafios — somados à complexidade do próprio processo — despertam o interesse dos profissionais. Quem deseja atuar com eletrodo revestido precisa se qualificar e obter habilitação para executar as soldas nas diferentes situações mencionadas. Por outro lado, essas “dificuldades” costumam estar associadas a maiores ganhos financeiros em comparação com outras atividades.

O primeiro passo para se tornar um soldador ou soldadora é procurar uma instituição de ensino ou formação profissional. Uma das mais conhecidas é o Senai, que possui centenas de unidades espalhadas pelo Brasil. Seus cursos são de alta qualidade e contam com um corpo docente reconhecido internacionalmente. A Sumig, inclusive, já realizou palestras e webinars em parceria com a instituição.

No entanto, é preciso ir além. Muitas empresas mantêm internamente suas próprias “escolas”, com o objetivo de treinar, qualificar e requalificar seus profissionais soldadores(as) no processo de eletrodo revestido. Assim como em outros processos de soldagem, é a combinação entre teoria e prática que torna o profissional realmente capacitado.


 

Boas práticas para soldagem com eletrodo revestido


Distância entre os pontos de solda

A distância adequada entre os pontos de solda é fundamental para assegurar a integridade e a resistência da união. É importante manter um espaço que permita a dilatação do metal e a distribuição uniforme do calor, evitando tensões residuais e deformações indesejadas.
 

Posicionamento correto do soldador

A posição do soldador em relação à peça de trabalho é crucial para garantir a qualidade da solda. É necessário manter uma postura ergonômica e um ângulo de soldagem adequado — geralmente entre 45° e 75° — para ter controle sobre a poça de fusão e assegurar a penetração correta do metal de solda.
 

Uso de EPI

O uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) é obrigatório durante a soldagem, a fim de proteger o profissional contra riscos como radiação ultravioleta, faíscas, respingos de metal fundido e fumos tóxicos. Entre os EPIs essenciais estão: máscara de solda com proteção UV, luvas de couro, avental de couro, mangas de proteção e protetor auricular.
 

Evitar bater o eletrodo na base a ser soldada

É importante evitar bater o eletrodo contra a base metálica, pois isso pode contaminar tanto o eletrodo quanto a solda. Além disso, essa prática compromete a estabilidade do arco elétrico e a integridade da ponta do eletrodo, afetando negativamente a qualidade da solda.
 

Evitar o resfriamento brusco do material

Após a soldagem, recomenda-se que o material resfrie lentamente ao ar livre. O resfriamento brusco — como com água ou ar comprimido — pode causar choque térmico, gerando trincas, tensões internas e redução das propriedades mecânicas do material soldado. O resfriamento controlado contribui para a durabilidade e a resistência da solda.


Processo de solda com eletrodo revestido: é indicado para minha empresa?

O volume de soldas executadas com o processo de eletrodo revestido ainda é bastante elevado — representa cerca de 35% do consumo mundial. O método é amplamente utilizado em países menos industrializados para a soldagem de materiais como aço carbono, aços inoxidáveis e alumínio.

Se sua empresa atua nos segmentos de óleo, gás, energia, estaleiros, manutenção ou estruturas metálicas, ela pode se beneficiar, sim, desse processo.

Quer saber como? Entre em contato com a Sumig. A empresa é especializada em soluções para solda e corte, sendo também a maior fabricante de tochas de solda MIG/MAG, TIG e Corte Plasma da América Latina. 

Acesse nosso site e conheça as soluções que oferecemos em soldagem robotizada. Você também pode entrar em contato pelo e-mail vendas@sumig.com ou pelos telefones (54) 3220-3900 e (19) 4062-8900.
 

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